Desço as escadas lentamente, ainda sentindo minhas pernas fracas depois da noite que tive com Arthur e Apolo. Não sei se foi pelo prazer insano que aqueles dois me proporcionaram ou pelo peso das revelações que vieram junto com ele. Meu corpo inteiro ainda pulsa, mas não é apenas físico. É como se cada vez que me aproximo mais deles, mais fundo eu fosse sugada para dentro de um mundo que não entendo.
O cheiro de café fresco e pão quente invade meu nariz assim que chego ao andar de baixo. A casa está silenciosa, mas há um movimento sutil no salão onde montaram a mesa para o café da manhã. Arthur caminha ao meu lado, sua mão firme na minha cintura, como se precisasse me lembrar a cada segundo de que eu pertenço a eles. Apolo vem logo atrás, o olhar sempre atento, como um caçador que nunca relaxa.
Quando entramos no salão, meus olhos se fixam em uma cena inesperada. No canto, perto da janela, está Amanda, a irmã deles. Ao lado dela, um menino de cabelos negros e olhar travesso. Ele gesti