65. Portões de Heits
A muralha de Heits apareceu no horizonte como uma promessa de alívio, mas meu peito apertava. A cidade parecia dormir sob o crepúsculo, suas torres e muralhas guardando segredos e histórias antigas. Eu não sabia o que me aguardava lá dentro — apenas que precisava estar ao lado de Noctis.
Ele parecia tenso, os dedos apertando as rédeas do cavalo enquanto encarava o portão que se abria lentamente para nós.
— Está pronto? — perguntei baixinho.
Ele desviou os olhos e sorriu, com uma sombra de ironia.
— Sempre estou menos pronto do que gostaria.
Logo os guardas nos reconheceram. O murmúrio se espalhou rápido, e os portões se abriram para a entrada do castelo. A atmosfera mudou, carregada de olhares e sussurros.
Quando finalmente cruzamos os portões internos, a sala principal estava cheia. Todos os olhos se voltaram para Noctis — e, inevitavelmente, para mim.
Então, o rei Lucius apareceu. Imponente como sempre, mas com um brilho nos olhos que me fez gelar. Ele não só me reconhecia,