55. Descanso.
• A caminho do templo de Ruyven III
A porta rangeu ao abrir, revelando um interior modesto, mas acolhedor. O chão era de pedra batida, coberto em partes por peles envelhecidas. Uma lareira pequena já ardia com lenha crepitante, lançando sombras trêmulas pelas paredes de madeira escura. Havia apenas um banco, uma mesa baixa e uma cama coberta com cobertores simples de lã. O ar carregava o cheiro terroso de raiz fervida e fumaça doce — como se o tempo ali dentro passasse mais devagar.
Entrei primeiro, retirando o manto encharcado de umidade, e pendurei-o num gancho de ferro próximo à porta. Meus ombros doíam, e as asas pesavam como pedra molhada atrás de mim, sujas de barro e folhas secas. Noctis entrou logo em seguida, retirando a espada da cintura e a colocando encostada na parede ao lado da lareira. Ele passou os olhos pelo cômodo com discrição antes de relaxar os ombros.
— Não é o palácio de Heits, mas serve — disse ele, com um meio sorriso.
— Serve perfeitamente — respondi,