33. Raiva e frustração
Saí da sala particular sentindo que o peso do mundo havia sido jogado sobre meus ombros.
As palavras do rei ainda ecoavam em minha mente como trovões distantes. Fergus Melius Drentis… Traidor. Não apenas um inimigo, mas alguém que havia destruído vidas através da traição mais desprezível.
Cresci ouvindo histórias sobre os draconatos. Sempre os admirei — sua imponência, sua força, sua ancestralidade. Para mim, eram lendas vivas de honra e bravura.
Agora, tudo isso parecia desmoronar como um castelo feito de areia.
Segui atrás de meu pai e de Annya pelos corredores silenciosos do castelo. Meus passos eram mais lentos, como se eu carregasse correntes invisíveis amarradas aos pés. Não conseguia evitar: a admiração que um dia me encheu de orgulho agora pesava como desilusão em meu peito.
O vento frio soprava através das janelas abertas, trazendo um cheiro de terra molhada e flores noturnas. Em outro momento, eu teria achado reconfortante. Agora, era apenas mais um lembrete de que o mu