34. Uma noite de reflexão
Cheguei ao quarto em silêncio.
A porta se fechou suavemente atrás de mim, abafando o resto dos sons do castelo. Lá fora, o vento ainda soprava, uivando baixinho contra as janelas. A luz dourada das velas espalhava sombras pelas paredes, dançando num ritmo calmo e constante.
Encostei-me à porta por um momento, sentindo o frio da madeira nas costas. Inspirei profundamente.
Parte de mim queria apenas deitar e esquecer tudo o que ouvira naquela noite — fingir que o mundo ainda era simples, que as histórias que amava ainda eram imaculadas.
Mas eu sabia que não podia mais me esconder atrás de fantasias.
Caminhei até a janela e afastei levemente a cortina. O céu estava coberto de estrelas.
Tão distantes… tão indiferentes às dores aqui embaixo.
Por um longo tempo fiquei ali, observando, pensando.
Fergus havia traído aqueles que confiavam nele. Havia quebrado laços que deveriam ser sagrados.
E, ao fazer isso, manchara não apenas seu nome, mas também a memória dos draconatos — uma raça