Fantasia Erótica. +18 Perséphone está vendo sua vida vir abaixo. Depois de ser mandada para a casa seus avós que aparentemente a odeiam, em Conroe, ela tem de lidar com a nova realidade que a cerca. Uma realidade que envolve criaturas impossíveis e poderes inimagináveis, onde todos parecem saber de um segredo terrível que apenas ela desconhece. E em meio a toda confusão, Steyce. O cruel rapaz que parece odiá-la a ponto de querer morrer por isso. E quando finalmente descobre o motivo, ela mesma desenvolve a mesma aversão sobre si mesma. Mas tanto ódio pode desencadear sentimentos adversos, quentes e excitantes. Tudo seria mais fácil se seu inimigo não fosse tão sexy, envolvente e interessante, como se nunca tivesse certeza suficiente sobre mata-la ou beija-la com furor.
Leer másTudo o que vemos ou parecemos,
Não passa de um sonho dentro de um sonho.Edgar Allan Poe (Sonho Dentro de Um Sonho)
Catedral Embaixadora. Quinze anos atrás.
A madeira rangia ao som áspero do vento acertando as vigas da casa.
Os eucaliptos secos se enroscavam na madeira, produzindo rangidos ocos. A Catedral dos Embaixadores se encontrava totalmente às escuras naquela hora da madrugada, apenas uma sala permanecia iluminada.
Halleman descansou as mãos no encosto da cadeira, fechando os olhos com força. Há muito que o mundo dos bruxos havia se tornado um lugar perigoso demais para qualquer criatura viver. Com sua esposa desertada dos deveres do Pacto _viver na sombra dos humanos _, ele não sabia o que fazer para manter a descrição que por anos, havia garantido a sobrevivência da raça. Lady tinha planos tão obseletos e completamente macabros, que ele nem mesmo reconhecia mais a esposa _ex agora, graças a sua vontade maníaca de erradicar a raça humana da face da terra e desejos absurdos por soberania.
Prostrou-se diante da janela alta de madeira.
Uma névoa fina de outono se arrastava por entre as árvores, levantando-se do chão como fantasmas flamejantes.
Espreitou por entre a mata. Nada. Nenhum sinal de vida, mas ainda esperava más notícias. O mundo dos bruxos estava em guerra, e não havia nada que pudesse para-la agora. Mesmo sendo o supremo Líder do Pacto, ainda temia por sua nação como uma criança com medo. A última vez em que bruxos haviam tentado viver abertamente entre os humanos, havia resultado na caça as bruxas em Salém. A história jamais poderia se repetir. Não sem antes encontrarem o elo perdido, que teria o poder supremo da magia para protegê-los de toda e qualquer ameaça.
Lady estava atrás do elo também. Não havia como se enganar. E assim que o encontrasse, o futuro da humanidade estaria perdido.
Suspirou, chacoalhando a cabeça, uma enorme frustração fazendo seu peito inchar e seus olhos arderem.
_Não vou deixar isso acontecer...
Apesar de saber que sua determinação era enorme, sabia que isso não bastaria. As portas da sala mal iluminada se abriram, e ele conteve outro acesso de nervosismo. Sabia que o que iria ouvir agora não era bom. Sabia que alguma forma, suas esperanças estariam retraídas por um bom tempo se ouvisse o que achava que ouviria.
_Senhor? _ a voz de Jared ecoou fúnebre até ele.
Halleman não ousou se virar. O vento acertava a Catedral com força, ricochetando a copa das árvores e fazendo as vigas da construção ranger.
_Que notícias traz,Jared?
_Não se abale, meu mestre. Mas ele foi morto, Senhor.
_Quem foi morto?
_O Licam. _Jared respondeu ainda tomando ar, ofegando como se tivesse feito uma corrida para chegar até ali. Com um esgar, o coração de Halleman se apertou, mas ele não podia demonstrar fraqueza. Não agora. _Ele foi à caçada nos Alpes, como o Senhor havia ordenado, mas chegou lá ao mesmo tempo em que os Pactantes Negros. Eles estão no mesmo rastro que nós.
Não houve chance para ele...
Halleman balançou a cabeça com pesar. O que mais poderia fazer? Tomas Licam era sem dúvidas seu amigo mais velho. Batendo o manto que lhe descia pelos ombros e chegava aos pés, ele se virou para contemplar o semblante desesperado de Jared. Era ainda muito jovem, mas um dos bruxos no qual ele mais tinha confiança.
Seus ombros largos desciam e subiam numa velocidade alarmante. A capa negra estava surrada, e os cabelos dourados estavam molhados de suor.
_Sinto por ele como um pai sente pelo filho _Halleman o confortou, tentando conter sua mágoa. A esposa que tanto amara havia se transformado em um mostro _E como está a mulher de Tomas? E seus dois filhos? Como eles estão suportando isso?
_Sabe como é uma casa de luto, senhor.
Halleman caiu em seu assento, contemplando a face jovem de seu aliado. Cerrando o punho, ele começou a sentir a chegada de uma frustração e cansaço sem tamanho.
_Já chega de mortes. _ele bradou de repente, _Somos os Embaixadores, os que decidiram ficar com a causa certa. Nossa magia é maior que a deles. Vamos montar nossa elite para sair à procura do elo antes que eles encontrem-no! Se eles têm seu próprio exército, nós também devemos ter o nosso...
Jared arregalou seus enormes olhos prateados para ele.
_Mas como isso será feito, meu mestre?
Respirou fundo. Estava prestes a dar uma ordem suprema. A ordem que talvez os ajudasse como um ponto positivo na guerra, mesmo que estivesse sendo egoísta ao arriscar vidas daquela forma.
Encarou o aliado com determinação.
_De agora em diante, todo aquele que nascer bruxo, será levantado como um Apanhador de Encantados. Eles serão treinados e serão responsáveis a sair à procura do elo perdido e exterminar os Pactantes Negros, que por opção própria, desertaram desse grupo. A magia será usada a nosso favor, e não mais apenas para proteção.
_Sim, meu mestre.
Jared assentiu. Ajoelhou-se, ergueu o punho ao coração como um servo obedecendo às ordens do mestre _um costume muito antigo _, e se levantou, rumando para a saída. Mas antes que pudesse chegar à porta, a dúvida lhe ocorreu, o puxando para trás novamente:
_Meu Mestre?
_Sim, Jared?
_E quanto a sua filha? Ela ainda é muito pequena.
Halleman bufou, pensando na ex-esposa. Estava errado. Seu mundo não se tornara apenas perigoso, mas mortal. Meneou a cabeça.
_Quero ela fora de tudo isso. Ela nunca vai saber o que ela é.
A sensação peculiar de estar ressurgindo das sombras me deixou atônita.Minhas pálpebras ardiam, afunilando-se umas contra as outras, me impedindo de abrir os olhos quão logo percebei que já estava a mim de volta. Respirei fundo, puxando o ar para mim novamente, sentindo toda a extensão de meu peito ardendo ardilosamente com o ato. Reprimi um engasgo. Era como se meus pulmões estivessem deslocados e impossibilitados de funcionar direito. O cheiro de algo muito familiar se ergueu no ar. Eu conhecia esse odor.Forcei meus olhos a se abrirem, mas eles pareciam terminantemente designados a não me obedecerem. Morta? Em estado de letargia? Existiam bruxas paraplégicas? Revirei minhas lembranças. A última coisa da qual eu me recordava era do castelo de vidro aos pedaços. Steyce murmurando meu nome, todos os olhares at&oc
Por um breve momento, pude visualizar com clareza cada detalhe mínimo do teto, pensando em como eu nunca ia me esquecer daquela visão, que certamente seria minha última. Meu corpo inteiro queimava, como se eu não estivesse levitando, mas submersa em uma banheira com ácido fervente, corroendo minha pele como vermes venenosos. E acabou cedo demais. No próximo segundo, um peso enorme e invisível desceu sobre mim, me empurrando com força de volta para o chão. Meus cabelos dançaram ao meu redor enquanto meus braços e pernas pendiam para cima, como uma boneca de pano, e depois,minhas costas acertaram o chão do castelo, com tanta força, que senti um buraco se abrindo ao meu redor. Meus olhos também se fecharam com tanta força, que minha cabeça pareceu ter se partido em mil pedaços, son
Gélida, observei Steyce elevar os braços acima da cabeça enquanto Guhay caía no chão, e com um único movimento furioso, rompeu as algemas. Eu já o havia visto lutar antes, mas me peguei pensando que talvez nunca fosse me acostumar a isso.Os Renegados caíram em peso em cima de Mona, e só o que vi, foi um reflexo rápido do golpe forte na nuca que ela levou ao tentar correr para ganhar tempo, caindo inerte no chão depois disso. Cambaleei. De novo não! Outros Renegados conseguiram jogar Mitchel por cima de Helena antes mesmo que ela conseguisse chegar até ele, e ambos caíram inconscientes no chão claro, derrapando muitos metros enquanto Steyce lutava espetacularmente com três Renegados ao mesmo tempo, mas a atenção de Guhay estava desviada para a Helena inconsciente no ch&a
_Sim... _ela assentiu _Levei um tempo para descobrir em que fim de mundo Halleman os havia escondido. Eu sabia que eles teriam de permanecer fieis a uma promessa que só muito tempo depois descobri que eles haviam feito. Eles eram covardes demais para desistir de seus votos e morrerem de forma tão cruel. Mas ninguém se esconde mim por muito tempo, aprenda isso, Perséphone. _ela me enviou seu olhar cortante _Assim que descobri o paradeiro de vocês duas e daqueles dois vermes, enviei meus mensageiros, que vocês conhecem por Renegados, para me trazer minhas filhas para mim novamente._Mensageiros? _perguntei incrédula _Você por acaso nos queria mortas? Porque tentar arrancar nossas cabeças foi a única coisa que eles tentaram fazer.Guhay rolou os olhos, como uma adolescente perversa._São os Brutamontes
Ela vestia uma finíssimo e longo vestido azul marinho, cheio de pregas na altura da cintura fina, que descia em camadas fluvias ao longo das pernas bem torneadas. A pele era tão clara e brilhante, que era como se houvesse uma lanterna acesa dentro dela, espalhando luz pelo cômodo, assim como seus olhos azuis, um azul único, do tom que se vê no coração das chamas. Seu nariz era tão fino, que se arrebitava graciosamente a frente do rosto quadrado e suave. A boca era redonda e bem desenhada, e tinha seus cantos afinados, realçando mais seus olhos grandes e repuxados.Ela saiu das sombras, andando para luz, e deixando ainda mais evidente sua expressão estonteante.A metade de seu cabelo enrolado em cachos grandes estava preso numa fita atrás da cabeça, e alguns fios macios escapavam caindo sobre a testa lisa.Eles
Emma soltou um riso perverso, confirmando minha afirmação. Helena grunhiu ao meu lado._Onde eles estão?_Bem longe agora, provavelmente _Emma considerou tranquilamente, como que realmente pensando _Mileyde os queria vivos.Antes que eu pudesse prever, Helena se lançou contra ela: _Vaca!Mas Emma parecia já estar esperando por isso. Com um único movimento, ela revelou seu Cipó, e o enlaçou na cintura de Helena. Com um rápido levantar de braços, Emma a lançou em direção à segunda porta, a fazendo desaparecer na escuridão como uma bola de beisebol.O FOSSO!_Helena!!! _gritei com todas as minhas forças, correndo para lá, esperando que a sorte não deixasse acontecer o que eu achava que havia acontecido.A escurid&
Último capítulo