Ponto de vista da Natália
O carro deslizou até a entrada iluminada do Motel Le Rêve, cujas luzes suaves em tom dourado refletiam no vidro e dançavam sobre o rosto de Natália. Ela não sabia se estava respirando fundo demais ou de menos, mas seu coração parecia ter assumido o controle do próprio corpo.
Carlos Alberto manteve a mão sobre a dela todo o trajeto, como se precisasse daquele contato para se certificar de que aquilo era real.
E, de certa forma, Natália também precisava daquilo.
Quando o veículo parou diante da suíte, Carlos Alberto desceu primeiro, contornou o capô, abriu a porta dela e ofereceu a mão, ajudando-a a sair. O toque dele era firme, quente, com um tipo de segurança que fazia as pernas dela perderem brevemente a força.
A suíte tinha luzes baixas, um aroma suave de baunilha e jasmim, e música ambiente tão discreta que quase parecia vir do próprio ar. Um arranjo de lírios brancos decorava a mesa ao lado.
Natália entrou devagar, observando tudo como quem entra em outr