Cyrus
Chego ao castelo com François ao meu lado, cada passo ecoando pelos corredores de pedra como um martelo que pressagia tempestade. Sinto o ar pesado, quase palpável, impregnado de algo corrosivo, algo sutil que parece se espalhar pelos salões vampíricos.
Ao adentrar o pátio principal, há uma sensação de presságio. As tochas ardem com labaredas trêmulas, como se reagissem à inquietude que carrego no peito. Sem hesitar, seguimos direto para o escritório principal, onde sei que Naty e Prya nos aguardam.
Entramos, e encontro Nathaniel apoiado na escrivaninha de ébano, olhos erguidos na nossa direção. Prya está em pé, perto da janela estreita que deixa entrar um fiapo de luar. Ambos trocam um breve olhar quando François e eu cruzamos o limiar. Reconheço ali tensões que vão além do relato de nossa jornada. Sem demora, começo.
— A caminho de Kenner... — digo, a voz firme, mas interna se agita. — Algo aconteceu com o meu vínculo com a rainha... algo que trouxe desequilíbrio aos meus pod