Ravena
Senti o mundo ruir dentro de mim no instante exato em que o coração de Zayden, o meu amado filho, parou. Uma onda de vazio tão gelada percorreu minhas veias que cheguei a engolir meu próprio grito. O vínculo, aquele fio luminoso que nos unia desde antes de seu primeiro suspiro, evaporou-se como orvalho ao sol nascente. Já não o sentia pulsar, vibrar, me chamar para afagá-lo. Não havia mais calor, nem consolo; apenas um silêncio opressor que envolvia minha alma dilacerada.
Cyrus aterrissou ao meu lado, e sem uma palavra peguei nosso filhote nos braços. Minhas mãos trêmulas abriram e cerraram o corpo diminuto em meu colo, tentando recapturar a batida perdida. Cada segundo era uma eternidade de agonia.
Os dedos afundando na pele fria, sem vida, dos meu filhote. E ali, sob o corpo frágil de Zayden, sob o olhar doloroso do meu companheiro, e dos outros a nossa volta, aprendi o real significado de desespero. Foi como se meu próprio coração tivesse sido arrancado de mim, e Laha, priv