Capítulo 123 Cela mental
Ravena

A escuridão foi lentamente cedendo quando meus olhos se abriram pela primeira vez depois que senti aquela dor excruciante e aquela agonia que parecia uma tortura. A pouca luz fraca, cinzenta, filtrava-se através de fendas estreitas, revelando aço frio e lustroso alinhado ao meu redor em contornos precisos e implacáveis.

Uma caixa de metal inquebrável.

Eu empalideci quando finalmente reconheci o lugar, um caixão de aço, selado por runas antigas que ardiam sob a forma de linhas vermelhas e ondulantes, escritas em grafia gaélica sobre cada barra.

O que eu estava fazendo aqui?!

A minha última lembrança antes de apagar foi na banheira com o meu companheiro. A dor insuportável veio do nada quando Cyrus começou a relatar a emboscada na fronteira com necromantes. Senti que ele me escondia algo, talvez por culpa do que aconteceu no jardim.

Então sondei seu interior. E naquele momento me deparei com aquela imagem. A minha imagem, no meio de uma floresta cercada de brumas,
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