Mateus não passava de um playboy mulherengo, herdeiro de uma grande fortuna, não acreditava no amor até conhecê-la. Elisa, era uma jovem esforçada e com muitos sonhos, não caiu na lábia do playboy de primeira, mas com o tempo foi difícil não entregar o seu coração. No entanto, o jovem casal teve suas vidas separadas devido a uma tramóia. Abandonada grávida pelo homem que amava, Elisa teve que batalhar muito para criar sua filha, Elena, porém ao vê-la doente não terá outra escolha a não ser procurar Matheus. Matheus não esperava voltar a ver Elisa e muito menos ter uma filha. No entanto, nada o surpreendeu mais do que descobrir que devido a uma armação ele separou-se da mulher que tanto amava, agora ele não tem outra escolha a não ser lutar para reconquistá-la. Matheus quer sua família. Elisa, só deseja ver a filha saudável novamente, mas será capaz de resistir ao charme do seu antigo amor?
Ler maisSinto-me em um misto de sentimentos entado na sala de espera do consultório médico, ansioso e ao mesmo tempo maravilhado com a possibilidade de descobrir o sexo do nosso bebê. Ao meu lado, Elisa segura minha mão, e nossos olhares se encontram, repletos de expectativa e alegria.— Elisa, mal posso esperar para descobrir se teremos um menino ou uma menina. Estou tão animado com a chegada desse novo membro em nossa família. — Falo sorrindo. Quando ela estava grávida de Elena eu não estava presente nesse momento, mas agora é diferente.— Eu também, Matheus. Essa é uma etapa tão especial em nossas vidas, e saber o sexo do bebê nos ajudará a nos conectar ainda mais com ele ou ela. — responde com um brilho nos olhosFinalmente, somos chamados para a sala de exames. A tensão no ar é palpável enquanto nos acomodamos e a médica inicia o procedimento. O coração acelerado, mal consigo desviar os olhos da tela do ultrassom, esperando por aquela revelação emocionante.— Bem, aqui está o bebê. Vou f
Estava tentando acalmar meus pensamentos quando Matheus voltou para o quarto visivelmente chateado, se eu pudesse apostar diria que ele seria capaz de morder a primeira pessoa que olhasse com olhos atravessados para ele nesse momento. — O que aconteceu, Matheus?— Minha mãe, ela apareceu aqui dizendo que é compatível com ela e estava disposta a doar a medula se eu e você nos separaremos. Enquanto conversávamos no quarto de Elena, Matheus e eu, a notícia sobre a proposta de minha sogra começou a pesar em meu coração. Eu sabia que Olga Albertelli não me suportava, mas nunca imaginei que ela iria tão longe a ponto de oferecer sua medula como moeda de troca para o tratamento de Elena.Sentada ao lado de Matheus, segurando sua mão com força, a tristeza e a indignação tomaram conta de mim. Olhei para Elena, deitada na cama com seus olhos curiosos e inocentes, e meu coração se apertou ainda mais. Como explicar a uma criança tão pura por que sua própria avó não se importava nem um pouco com
Já era tarde da noite quando levantei-me da poltrona em que estava sentado e caminhei um pouco pelo quarto.— Se tiver se sentindo entediado, vá dar uma volta pelo corredor ou quem sabe tomar um suco na lanchonete do hospital. — somente quando ouvi a voz de Elisa foi que me dei conta de que talvez a minha inquietação tenha perturbado o seu sono.— Desculpa, não queria atrapalhar o seu descanso. — Tudo bem, já estou acostumada a passar muitas horas acordada. — Meu coração se aperta um pouquinho com suas palavras porque ela só teve que passar por isso por eu estar ausente. — Agora é diferente, você não está mais sozinha e também está grávida precisa dessas horas. — Sei disso, mas é mais forte do que eu. — fala olhando com amor para nossa filha e eu entendo exatamente as suas palavras não ditas. Ela está preocupada com ela e não consegue descansar mesmo que precisando.— Vou aceitar sua sugestão, quer que eu traga alguma coisa da lanchonete para você?— Um suco de laranja sem aç
Sinto-me pequena e frágil nessa cama de hospital, envolvida por fios e agulhas que se entrelaçam ao meu corpo. As dores parecem penetrar cada parte de mim, às vezes insuportáveis, às vezes suportáveis, mas sempre presentes. Minha mãozinha alcança o lugar onde o câncer se esconde, como se pudesse agarrá-lo e lançá-lo para bem longe. Mas é apenas uma ilusão, uma batalha invisível que luto todos os dias.Olho para minha mãe ao meu lado, seus olhos transbordando de amor e preocupação. Ela segura minha mão com ternura, tentando aliviar minha dor com seu toque suave. É nesses momentos que sinto forças para continuar lutando, sabendo que não estou sozinha nessa jornada.Meu coração se enche de um desejo ardente, de uma vontade inabalável de me curar. Quero correr na praia com o meu cachorro Jujuba, sentir o sol em meu rosto e a areia macia sob meus pés. Quero brincar com meu irmãozinho, que ainda está na barriga de minha mãe, e mostrar-lhe um mundo cheio de alegria e amor. Sonho com um futur
Sinto meu coração se apertando, minha mente está cheia de preocupações e anseios. Há apenas alguns meses, descobri que sou pai da pequena Elena, uma menina adorável de cinco anos. E agora, com essa notícia devastadora de que ela está internada e enquanto luta contra o câncer, meu mundo parece desabar ao meu redor.Não sei de onde Elisa tirou forças para aguentar situações como essa sozinha por tanto tempo. Adentro o quarto do hospital, onde Elena está internada, e meus olhos encontram o semblante cansado de Elisa e sua mãe, dona Rose. Ela está sentada ao lado da cama, segurando a mãozinha frágil de nossa filha. Sinto um misto de alegria por finalmente estar ao lado da minha filha e tristeza profunda por vê-la nesse estado.— Elisa, como ela está? — pergunto, minha voz trêmula de preocupação.Elisa olha para mim, seus olhos expressando exaustão e tristeza. Ela segura minhas mãos, buscando algum conforto em meio à angústia que nos consome.— Matheus, é tão difícil... Elena está lutand
Com passos apressados ando pelo corredor do hospital, sentindo os meus pulmões arderem, desde que recebi aquela ligação não consigo controlar as lágrimas que caem dos meus olhos, muito menos o meu coração acelerado quase saltando pela boca, nunca um corredor de hospital me pareceu tão longo. Por um instante esqueci de todo o drama que é minha vida. Jurei que estava vivendo em algum tipo de comédia romântica sem nada atrapalhando o meu era uma vez e o viveram felizes para sempre.— Mãe! — Corro para a minha mãe e me encaixo em seus os seus braços, deixo as lágrimas caírem sem culpa. A muito tempo deixei de ter vergonha de chorar em público, fingir ser forte é muito cansativo. Só quem é mãe sabe a dor do que é ver um filho sofrendo sem poder fazer nada para mudar a situação instantaneamente. Me sinto uma completa fraude como mãe nesses momentos. — Ela vai ficar bem, filha. — Ela me conforta com suas palavras e seu abraço quente. Ainda em seus braços noto a presença do médico na sala.
Último capítulo