capítulo 27

O mundo parece fora de foco quando abro os olhos.

A luz atravessa as frestas da persiana e corta meu rosto como uma lâmina quente.

A cabeça pesa.

O estômago está enjoado.

A garganta seca.

Levo alguns segundos até perceber onde estou.

Meu quarto.

Mas algo está errado.

Muito errado.

O lençol está meio jogado no chão.

Sinto um peso do meu lado esquerdo.

Uma respiração leve.

Um perfume que não reconheço.

Viro o rosto devagar — e tudo congela.

Uma mulher está deitada ao meu lado.

Nua.

Os cabelos escuros caídos sobre o ombro.

A pele bronzeada.

Um sorriso satisfeito se formando enquanto ela desperta.

Minha alma quer sair correndo do meu corpo.

— Que porra é essa? — sussurro, me afastando dela, o coração martelando como um tambor de guerra.

Ela abre os olhos preguiçosamente e me encara com uma expressão serena.

— Bom dia, Leo.

A voz é familiar.

Demais.

Demora um segundo pra memória bater.

Mas quando bate, a pancada me arranca o ar.

Isadora.

A filha dos Ferraz.

A mulher que meu pai vinha tenta
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