Voltamos para o carro de mãos dadas, ainda rindo de algo bobo que Leo disse sobre o garçom ter cara de quem invadia casamentos nas horas vagas. A noite está fresca, e o vento bagunça meus cabelos, mas eu não me importo. Nada pode estragar essa sensação de leveza, essa felicidade que pulsa em cada batida do meu coração.
Leo abre a porta para mim, fazendo uma reverência exagerada.
— Sua carruagem, princesa.
Entro no carro rindo, ajeitando o vestido sobre as pernas enquanto ele dá a volta e se acomoda no banco do motorista.
— Sabe que você vai ter que manter esse padrão de cavalheirismo para sempre, né? — brinco.
Ele liga o carro e lança um olhar de canto, com um sorriso travesso.
— Sempre? Caramba... pensei que tivesse direito a pelo menos um dia de folga por ano.
— Nem pensar — respondo, fingindo seriedade. — Contrato vitalício.
— Então é melhor eu caprichar — diz, levando minha mão até seus lábios e beijando de leve meus dedos.
O gesto me desmonta de um jeito tão completo que preciso