Eu devia estar exausta. Depois de tudo que vivi nos últimos dias — o susto, o tiro, a fuga, o reencontro — o normal seria meu corpo colapsar e me obrigar a dormir.
Mas quando estou com ele... meu corpo tem vontade própria.
Estamos nus, enroscados entre os lençóis, ainda úmidos de prazer e suor, quando Leo se vira para mim com aquele olhar que conheço tão bem. É o olhar que vem antes da segunda rodada. Antes de me deixar gemendo de novo.
— Cansada? — ele pergunta, deslizando os dedos pela minha coxa.
— Cansada? — repito, fingindo indignação. — Depois do que você fez comigo? Só se for de saudade.
Ele ri. E me puxa de volta para cima dele.
— Então vem matar essa saudade direito.
Subo em seu colo, sentindo a ereção dele já firme, roçando na minha pele quente. Me esfrego devagar, só provocando, enquanto olho nos olhos dele.
— Você gosta de ver quem está no controle, né?
— Gosto é de ver você assim, por cima, linda, confiante, grávida do nosso filho… e fodendo como se o mundo fosse acabar.