Volto ao hotel, o letreiro do Hotel Brown brilhando contra a neve, but minha mente está em pedaços. O rascunho do testamento na minha bolsa é a prova de que meu pai me amava, que ele queria que eu tivesse o hotel. Mas as mentiras de Christine, por anos me fazendo acreditar que ele me abandonou, me deixam fragilizada, como se eu fosse novamente aquela menina chorando no chão do quarto. Entro no bar do hotel, precisando de um momento para pensar, para respirar. O ambiente está quente, o cheiro de pinho da árvore de Natal misturado com o de uísque e perfume caro. Sento-me no balcão, pedindo um copo de vinho, e deixo os pensamentos me engolirem. Christine roubou mais do que o hotel — ela roubou minha confiança no amor do meu pai.
Um homem se aproxima, alto, charmoso, com um sorriso que parece ensaiado.
— Você deve ser Olivia — ele diz, a voz sedutora, sentando-se ao meu lado. — Ouvi falar de você. Posso te oferecer um drink?
Olho para ele, o instinto gritando perigo. Seus olhos são confia