Tori - Capítulo 49

As semanas seguintes foram uma mistura estranha de alívio e exaustão. Cada amanhecer tinha um novo tipo de esperança. As máquinas começaram a apitar menos, o quarto ficou mais silencioso, e a pele da Cori foi voltando à cor de sempre, como se a vida, tímida, tivesse decidido morar nela de novo.

Os médicos falavam em números, em porcentagens, em resultados que eu mal conseguia acompanhar, mas bastava olhar pra ela pra entender que estava dando certo. O olhar dela brilhava, mesmo que o corpo ainda fosse frágil. Os fios de cabelo, ralos e finos, formavam pequenas mechas douradas que insistiam em nascer, e isso por si só parecia um milagre.

Eu passava as manhãs sentada na poltrona ao lado do leito, lendo histórias em voz baixa. Às vezes ela dormia antes do fim da primeira página, mas eu continuava lendo mesmo assim — talvez mais pra mim do que pra ela. Era a forma que encontrei de me manter em pé, de acreditar que o amanhã existia.

Mas o corpo, às vezes não acompanhava no mesmo ri
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