Os dias seguintes passaram arrastados, como se o tempo tivesse decidido me castigar pela bagunça que eu mesma criei. Eu tentava seguir a rotina, manter o foco no trabalho, sorrir para os clientes e fingir que estava tudo bem, mas por dentro, a mente era um turbilhão. Matt não apareceu na cafeteria durante toda a semana. Nem um telefonema, nem uma mensagem. Silêncio total. E, por algum motivo, isso me deixava pior do que se ele estivesse por perto.
A ausência dele criava um tipo de vazio estranho, incômodo, como uma ferida aberta que eu fingia não ver. Eu me perguntava se ele havia desistido, se o beijo que trocamos no último encontro o fez se afastar de vez. E se fosse isso… por que doía tanto se era isso que eu queria?
Enquanto limpava o balcão, eu tentava organizar as ideias. Talvez fosse a hora de ir embora. Conseguir outro emprego, proteger minha filha e me afastar de uma história que já nasceu torta. A cafeteria tinha sido o meu refúgio por meses… o primeiro lugar onde me s