Desci com a mala arrastando e Tori ao meu lado, tagarelando sem parar como se fosse minha advogada e conselheira de viagem ao mesmo tempo. O coração batia acelerado, não pela mala, mas por quem estava do lado de fora.
E lá estava ele.
Russ, encostado no carro como se fosse cena de comercial. Jeans escuro, camiseta preta, óculos de sol repousando no bolso. Nada de terno, nada de gravata. Apenas ele, simples e casual, mas ainda assim absurdamente charmoso. Não sei como conseguia esse efeito — parecia que a roupa se curvava ao corpo dele e não o contrário.
Tori foi a primeira a quebrar o silêncio.
— Oi, Russ. — disse num tom educado, mas com segundas intenções. Ela estava curiosa sobre ele.
Ele respondeu com um aceno cortês, quase sorrindo, e então voltou os olhos para mim.
— Está pronta?
Engoli seco, ajustando a alça da bolsa e segurando a mala.
— Estou.
Ele pegou a mala sem esforço, como se fosse nada, e colocou no porta-malas com a naturalidade de quem já tinha fei