Capítulo 30

Acordei com a sensação de calor.

Não um calor abafado de quarto, mas um calor específico… localizado… vivo demais para ser coincidência.

Meus olhos se abriram devagar, ainda pesados pela madrugada de insônia que Russ tinha me presenteado com suas provocações. Por um instante, pensei que tivesse sonhado. Que minha mente, cansada, tivesse inventado todas as palavras sussurradas ao meu ouvido.

Mas não. Ele estava ali. Russell Hardy Spencer, dono de uma voz capaz de despedaçar minha sanidade, estava deitado absurdamente perto. O espaço que antes separava nossos corpos havia simplesmente desaparecido durante a noite.

Sua respiração calma roçava minha têmpora, o peito subia e descia num ritmo lento, estável, como se estivesse em paz.

Paz. Ele. Ao meu lado. Enquanto eu era um redemoinho por dentro.

Não me mexi. Não ousei. Porque se eu me afastasse, poderia acordá-lo. E se ele acordasse, eu teria que lidar com o seu olhar penetrante logo cedo. O olhar que parecia despir todas as
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