Entrei no quarto e, quando vi apenas uma cama enorme ocupando o centro, meu coração disparou. Um nó se formou na minha garganta, e antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, Russ falou com naturalidade, como se não fosse nada demais:
— O hotel está lotado. Amanhã cedo seguimos para a casa de verão da minha família. — Sua voz era calma, quase desinteressada, mas aqueles olhos sabiam exatamente o que estavam fazendo comigo. — À noite de amanhã, temos um evento pra ir.
Fingi arrumar a alça da mala para não encarar diretamente. O quarto parecia menor com ele dentro. Cada movimento dele parecia encher o ar, me deixando sem espaço.
— Poderíamos… dar uma volta? — soltei de repente, tentando parecer casual.
Russ ergueu uma sobrancelha, como se tivesse lido minha mente.
— Uma desculpa para não ficar aqui comigo?
— Não é isso… — engasguei. — Só… é cedo ainda.
Ele deu um passo na minha direção, devagar, arrastando a tensão.
— Lucile… você não precisa ter medo de mim. — A paus