Quando chamaram o nome dele, Rafael sentiu o chão tremer sob seus pés. Suas mãos suavam, o coração batia como se quisesse escapar pela garganta, e por um segundo, ele pensou seriamente em dar meia-volta e correr. Mas então olhou para a primeira fileira. Ela estava lá. Valentina. Sorrindo. Incentivando. Respirando por ele.
Inspirado por aquela força silenciosa, Rafael subiu no pequeno palco improvisado com passos trêmulos. Pegou o microfone com as duas mãos, como se fosse um escudo contra os medos que ainda ecoavam dentro dele.
— Boa tarde... — sua voz saiu meio fina, quase caricata. Ele pigarreou, tentando recuperar a dignidade. — Quer dizer, boa tarde!
Algumas pessoas riram, mas não daquela forma que machuca. Era aquela risada solidária, que acolhe. Que diz: “relaxa, estamos com você”.
Respirando fundo, Rafael sorriu. Um sorriso honesto, vulnerável.
— Meu nome é Rafael Amaral, e hoje eu tô aqui pra provar que você não precisa ser perfeito pra fazer alguma coisa incrível acontecer.
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