Na segunda-feira seguinte, Rafael recebeu um e-mail que o fez pular da cadeira com um grito que parecia mistura de susto e alegria.
— Amor! — ele berrou da sala, a voz entre o choque e o puro entusiasmo.
— Que foi? — Valentina apareceu na porta, com o cabelo preso num coque torto e uma colher de aveia na mão. — Alguém morreu?
— Quase! Mas de alegria! Lembra daquela loja online que eu tava pesquisando? Mandei um rascunho de camiseta pra uma plataforma de vendas... E eles aceitaram! Querem lançar uma coleção com as minhas ideias!
Valentina arregalou os olhos, depois soltou um grito empolgado, o tipo de som que fazia Bruce latir de susto.
— Mentira!
— Verdade! Aquelas frases idiotas deram certo!
Ela pulou no colo dele, a colher de aveia voou, caiu no chão e o tapete virou vítima da comemoração.
— Eu sabia! Sempre acreditei no seu dom de ser brega!
— Você é a musa da minha cafonice, meu amor. Inspiradora das piores ideias que já viraram coisa boa!
Riram alto, girando no meio da sala enqua