O dia da estreia oficial da coleção de camisetas de Rafael chegou como um furacão — mas não desses que derrubam tudo; era mais do tipo que revira o estômago e embaralha os pensamentos. Às seis da manhã, muito antes do despertador tocar, ele já estava de olhos arregalados, encarando o teto como se ele fosse responder alguma coisa.

— Eu tô pronto? — murmurou, num tom dramático de quem ia prestar vestibular pra NASA.

Bruce, fiel escudeiro canino, resmungou um latido rouco, como quem dissesse “duvido”. Conde de Meow, o gato mais blasé do planeta, só deu uma virada de lado, claramente mais interessado no próprio ronronar do que na ansiedade do humano.

Do outro lado da cama, Valentina se mexeu sob o edredom, soltando um gemido preguiçoso. Abriu um olho, piscou devagar e disse:

— Se não estiver, finge que tá. É o que todo mundo faz.

— Val... — ele se jogou de volta no colchão, braços abertos — e se ninguém comprar nada? E se acharem as estampas idiotas?

— Mas elas são idiotas, e esse é justa