Axel
Eu estava perdido. A revelação de Ettore ainda ecoava na minha cabeça, distante e ao mesmo tempo ensurdecedora: eu era o pai do filho de Kimberly. Meu filho. Meu.
Senti o peso daquela afirmação me esmagando. Meus pensamentos estavam embaralhados, desconexos. Como isso era possível? Kimberly... a mulher que me confundia, que me desafiava, que parecia uma cópia de Priscila e, ao mesmo tempo, tão diferente. Como eu poderia conviver com isso? Como eu poderia simplesmente aceitar essa realidade sem questionar?
Me virei para Ettore, repetindo a pergunta que já tinha feito inúmeras vezes.
— Você tem certeza disso? — Minha voz saiu mais áspera do que eu pretendia.
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