Anton
Mal havíamos nos separado do beijo quando a porta da frente se escancarou com um estrondo, batendo contra a parede como se tivesse sido aberta por um furacão em salto alto.
— Surpresa! — anunciou Anneliese, a voz vibrante ecoando pela casa como um trovão elegante.
Ela surgiu no corredor como uma tempestade perfumada de Chanel, vestida impecavelmente com um macacão que era nitidamente caríssimo, os saltos tilintando alto sobre o piso de madeira.
— Viemos salvar o casamento!
Atrás dela, surgiu Andressa, com os braços ocupados por sacolas de lojas de decoração e revistas de noiva espalhadas em todas as direções. Seus olhos brilhavam com uma animação perigosa.
— Trouxemos ideias! — exclamou, como quem carregava segredos mágicos que resolveria todos os nossos problemas em um estalo.
No mesmo instante, senti Pietra enrijecer nos meus braços. O corpo dela, até então relaxado e entregue, ficou tenso como uma corda esticada prestes a romper. Um músculo repuxou em sua mandíbula, e seus