Depois de suas últimas palavras diante da imprensa, Amara não olhou para trás. Ignorou o alvoroço e entrou no carro preto que parou exatamente na hora certa. Tudo parecia ter sido ensaiado — os guarda-costas, o motorista, até o tempo do deslocamento. Era impossível não pensar que aquilo carregava a marca de Pitter.
Ele certamente havia previsto a emboscada dos repórteres, organizando cada detalhe com precisão.
— Senhorita Amara, para onde vamos agora? — perguntou o motorista, respeitoso.
— Para casa — ela respondeu, antes de se deter por um instante. A curiosidade venceu o silêncio. — Mas diga-me… por que me chama de “Senhorita” e não de “Senhorita Baki”?
Agora que pensava nisso, todos os empregados da residência de Pitter, assim como seus subordinados, a tratavam da mesma forma: “Senhorita Amara” ou “Dona Amara”.
— Foram ordens do CEO Pitter — explicou o motorista, sem hesitação.
Amara piscou devagar. Então era isso… Ele sabia que ela não gostava do peso do sobrenome Baki Leds. E, à s