Sem pressa...? Eles já haviam esperado dois anos inteiros. Anos marcados por silêncio, dúvidas e a dolorosa incerteza de jamais ouvirem a voz de Théo novamente. E agora, finalmente, o dia havia chegado. Como poderiam não sentir pressa? Como não desejar ouvir mais, mesmo que só mais uma vez?
Ainda assim, por mais intensa que fosse a ansiedade, não lhes restava alternativa senão esperar.
A súbita fala de Théo interrompera até mesmo o mordomo, que estava prestes a cumprir ordens. Sem saber como prosseguir, ele finalmente criou coragem para perguntar:
— Velho mestre... ainda deseja que eu prepare o carro?
O velho mestre lançou-lhe um olhar severo.
— Preparar o carro pra quê? Mande logo a cozinha organizar o jantar!
Após pigarrear, virou-se desconfortavelmente para Amara.
— Senhorita Amara... por que não fica para o jantar?
Ele não escondia o desconforto com a presença dela. Contudo, havia sido justamente com aquela mulher — e com mais ninguém — que seu neto escolhera falar pela primeira v