O velho mestre bateu a bengala no chão, tomado pela emoção, e rugiu:
— Seu desgraçado, o que está tentando dizer? Quer levar o Théo embora? Eu te desafio!
Pitter, no entanto, manteve a calma:
— Pai, o Théo é seu neto, mas também é meu filho.
— Sou seu pai! — gritou o velho mestre, a voz grave e carregada de ira. — Você foi enfeitiçado por essa mulher! A única maneira de levar o Théo hoje é passando por cima do meu cadáver!
— Se precisa usar sua vida para me ameaçar, então não tenho mais nada a dizer. Mas insisto: hoje, vou levar o Théo comigo.
O clima entre pai e filho se tornou tenso como nunca. O silêncio caiu sobre todos os presentes. Ninguém ousava interferir.
A matriarca, do lado do marido, interveio:
— Pitter, mesmo que esteja nos culpando por não cuidarmos bem do Théo, isso foi um acidente. Somos avós dele. Quem o trataria melhor do que nós? Prefere acreditar em uma mulher que conheceu há pouco do que em seus próprios pais?
— Isso não tem nada a ver com ela — respondeu Pitter c