O sol nascia preguiçoso sobre as colinas da Toscana.
Os campos de Montevino brilhavam com o orvalho da manhã, e o ar carregava o cheiro adocicado das uvas que começavam a amadurecer. Era início de agosto, época em que a vida parecia se renovar em cada vinhedo.
Elena caminhava sozinha pelos parreirais, com um caderno nas mãos. Desde que assumira a direção da vinícola, fazia questão de anotar cada detalhe — o clima, o comportamento das uvas, as novas ideias. Mas naquele dia, suas anotações não eram técnicas.
Eram memórias.
“Hoje faz dez anos desde que papai me entregou a chave do escritório principal.
Ainda lembro do olhar dele — não de autoridade, mas de confiança.
Montevino é mais do que vinhos. É uma promessa.”
Ela suspirou, olhando para o horizonte. As parreiras se estendiam como um manto verde infinito. Ali estava seu mundo — e o mundo de toda a sua família.
As Novas Gerações
O casarão de Montevino estava cheio novamente. Era fim de semana, e os irmãos haviam vindo de suas cidades