O sol nasceu suave, como se soubesse que aquele não era um dia comum. As colinas que cercavam a Vinícola Monteverde pareciam envoltas por um véu dourado, e o ar carregava um perfume doce de lavanda, uva madura e expectativa.
Era o dia do casamento.
Um casamento que já nascera histórico muito antes do primeiro convite ser entregue.
Não era apenas a união de duas pessoas, mas a celebração de um ciclo, de uma herança emocional, de uma família inteira que aprendera a renascer apesar das dores, dos rompimentos, das distâncias e dos reencontros.
1. Amanhecer na Vinícola
Chiara acordou antes de todos.
Era hábito — mas naquele dia, mais do que hábito, era necessidade. Precisava sentir o dia nascer para saber que tudo estava no lugar certo, na vibração certa, no tempo certo.
Vestiu um robe leve e caminhou até a varanda. Quando abriu a porta, o mundo a abraçou com luz.
As fileiras de videiras, ainda úmidas de orvalho, pareciam se curvar reverentes.
As flores brancas espalhadas pelo caminho pri