Cap 264. Até que a morte nos separe.
A manhã seguinte amanheceu com uma paz estranha, daquelas que antecedem algo grande, ou definitivo. O hospital ainda dormia em silêncio quando a enfermeira entrou no quarto para verificar os sinais vitais de Helena. Beatriz, que passou a noite ao lado da avó, estava cochilando em uma cadeira.
Aurélio, por sua vez, recusou-se a ir para casa. Insistiu em passar a noite na poltrona ao lado da cama, com a mão entrelaçada à da mulher que foi seu amor por toda a vida.
Ele cochilava levemente, mas sua postura dizia tudo: não importava onde estivesse, contanto que estivesse com ela.
Helena abriu os olhos lentamente. Sua respiração era fraca, mas tranquila. Ao virar a cabeça, viu Aurélio, ali, segurando sua mão como sempre esteve quando ela precisava dele. Com um pequeno esforço, apertou sua mão.
— Meu amor… — ela murmurou, baixo demais para ser ouvido por qualquer outra pessoa, menos para Aurélio que parecia ter ouvido sua voz alta e em bom som.
Aurélio despertou, com o coração ace