Cap 315. Fúria.
Adam franziu a testa, a voz saindo firme, mas já contaminada por um pressentimento incômodo:
— Quem era?
Eduardo respirou fundo, tentando organizar os detalhes na cabeça.
— Não disse o nome. Mas o comportamento... era suspeito desde o primeiro segundo. Estava toda coberta, lenço escuro, óculos grandes demais, um casaco pesado que não combina com calor absurdo que fazia hoje de manhã. E andava depressa, olhando pros lados, medindo os passos, evitando as câmeras do saguão.
Oliver enrijeceu o corpo. As mãos se fecharam em punhos, os olhos se estreitaram até virarem fendas afiadas.
— Você chegou a ver o rosto dela?
— Quase nada. Só fragmentos. Mas tinha algo na maneira como ela parava... os ombros rígidos, os olhos alertas demais. Não parecia alguém que veio fazer uma visita cordial. Foi direto perguntando se a senhora Elisa já estava no prédio. Quando respondi que não, ela virou e sumiu. Parecia alguém fugindo antes que a reconheçam.
Um silêncio brutal caiu entre os três.
Adam le