Cap 263. Uma despedida.
Os últimos dias haviam sido uma tormenta silenciosa para a família Collen. Cada passo pelos corredores frios do hospital era uma batalha contra o medo e a impotência. O quadro de Helena se agravava a olhos vistos, e mesmo sem dizer em voz alta, todos já sabiam: o tempo estava se esvaindo.
Os médicos, cuidadosos mas diretos, haviam sido claros, a idade avançada e o comprometimento dos pulmões tornavam improvável qualquer melhora. O que restava era a espera. Dura. Injusta. Cruel.
Beatriz sentia o coração afundar em um mar revolto de lembranças e preces não atendidas. Era como reviver um luto antes da partida, como se a alma se despedaçasse um pouco mais a cada olhar para o leito da avó. Aquela noite caiu como um véu sobre todos. Densa, interminável. O alarme tocou, os profissionais se apressaram, e a notícia não dita ecoou no olhar de cada enfermeiro: era hora de dizer adeus.
O quarto do hospital estava silencioso. Cada canto carregava a presença de alguém que amava Helena profunda