Cap 314. Passado e presente
No dia seguinte, o relógio já marcava mais de duas da tarde quando Oliver atravessou a entrada da empresa com os ombros tensos e o olhar turvo de preocupação. Não havia espaço para hesitação. Algo estava errado. E ele sentia isso no fundo da alma.
No corredor da presidência, encontrou Adam de pé, em frente à mesa de Eduardo, o secretário de Elisa. Ambos trocavam poucas palavras, mas o clima ao redor era denso, quase palpável.
Adam apertava o celular nas mãos com força. A testa franzida, o maxilar travado.
— Alguma notícia? — perguntou pela décima vez, sem disfarçar a aflição. — Ela não atendeu nenhuma ligação. Nem respondeu mensagens. Isso não é normal, Eduardo. A Elisa não desaparece assim.
Eduardo abaixou os olhos, a voz baixa, hesitante.
— Cheguei cedo. A sala dela estava do mesmo jeito de sempre. Organizada. Intocada. Mas os projetos que deixei ontem à noite... já não estão mais lá. Acredito que ela tenha passado por lá. Pegado tudo. E saído antes de qualquer um chegar.