Eu queria que fosse mentira.
A frase martelava na minha cabeça desde o momento em que saí correndo daquela maldita festa.
Saltos quebrando no mármore, batidas do meu coração ecoando mais alto que a música.
As imagens ainda dançavam na minha mente.
O telão. As risadas abafadas. Os olhares. As frases nojentas dele.
E o pior: a ausência de qualquer defesa. Ele não negou. Não de verdade.
Mas mesmo assim…
Mesmo com tudo, uma parte de mim ainda sussurrava:
e se tiver uma explicação?
**
Tranquei a porta do quarto e me joguei na cama, vestida ainda com o vestido de noivado que agora mais parecia uma piada.
O zíper arranhava minhas costas, mas eu não tive forças nem pra tirá-lo.
Senti o rosto quente. Um choro que nem era mais soluço — era silêncio.
Seco. Cruel.
Peguei o celular.
Carlos havia mandado onze mensagens.
Três chamadas perdidas.
Duas gravações de voz que eu não tive coragem de ouvir.
As mensagens diziam coisas como:
“Amanda, me escuta. Por favor.”
“Eu te amo. Não foi como parece.”
“E