A gravata estava milimetricamente centralizada.
O cabelo, fixado com a medida exata de pomada. Nem muito engomado, nem desalinhado — só o suficiente para parecer casualmente poderoso.
A barba feita naquela linha perfeita, rente à mandíbula.
Carlos Ricci olhou para o espelho e sorriu.
Ali estava ele: o homem que venceu.
Aquele evento não era só uma festa. Era um rito de passagem. A consagração de tudo que ele batalhou pra conquistar.
Ninguém ali sabia, mas estavam prestes a assistir ao nascimento do novo nome da elite da cidade: Carlos Louis Ricci.
E, naquela noite, ele se sentia invencível.
— Pronto, amor? — Amanda apareceu no quarto, ajustando o brinco de pérola no espelho.
Vestido champagne, costas nuas, um brilho leve que fazia parecer que ela flutuava em vez de andar. O cabelo preso em um coque baixo, um pingente discreto com a inicial dele no pescoço. Uma delicadeza construída pra ser admirada.
Ele sorriu.
— Você está linda. — disse, e foi até ela. — Linda o suficiente pra me faz