O dia começou com uma surpresa que ninguém esperava. Um caminhão estacionou perto do galpão, levantando uma nuvem de poeira que fez todo mundo sair pra ver. Sobre a carroceria, dezenas de mudas estavam amarradas com cuidado. Algumas tinham folhas largas e verdes. Outras, pequenas flores brancas que tremiam no vento.
Callum aproximou-se primeiro, com uma expressão de quem ainda tentava acreditar no que via.
— São árvores frutíferas — disse ele, passando a mão numa etiqueta. — Goiabeira, laranja, limão… meu Deus.
Deborah apareceu logo depois, segurando a prancheta como quem segura o coração.
— Mandaram de Lafayette — explicou. — O mesmo empresário que doou os equipamentos da cozinha. Ele escreveu que não queria só ajudar agora. Queria ajudar com o futuro.
Fiquei sem palavras. June se encostou na lateral do caminhão e soltou um suspiro que parecia um agradecimento.
— Sabe o que isso significa? — disse ela. — Que a gente vai ter mais do que comida pra hoje. Vai ter pra depois também.
— E