O dia seguinte amanheceu com o céu carregado de nuvens, embora a previsão não dissesse nada sobre chuva. Eu acordei com o som de passos apressados do lado de fora. June ainda dormia, o braço caído pra fora da cama. Por um instante, fiquei olhando o rosto dela, tão tranquilo, e me perguntei se algum dia eu também conseguiria dormir sem peso no peito.
Quando saí, vi Deborah perto da entrada da base, conversando com dois voluntários que seguravam cobertores e bolsas de lona. Um pouco mais adiante, Callum estava agachado, falando baixo com uma mulher que tinha uma criança pálida no colo. O menino devia ter uns cinco anos, e mesmo de longe dava pra ver que respirava com dificuldade.
Meu coração apertou de um jeito que me trouxe de volta ao pior dia da tempestade, aquele em que tudo parecia prestes a desaparecer.
Me aproximei devagar. Deborah ergueu o olhar, avaliando meu rosto, e inclinou levemente a cabeça, como se pedisse silêncio. Parei a alguns passos, esperando. Callum terminou de ouv