Quando terminei na cozinha, me esgueirei pelo corredor evitando a sala e fui direto para o banheiro. Lá eu lavei o rosto e bolei um plano.
Saí dizendo que tinha recebido uma ligação importante do trabalho e que teria que ir embora.
Minha mãe protestou e eu a prometi que voltaria em breve ainda naquele mês. Não falei com Renata na saída, mas minha mãe me levou até o portão e me perguntou o que estava errado.
Era óbvio que ela saberia, ela era minha mãe, afinal. Eu disse que não era nada e ela, claramente percebendo a mentira, ao que ela respondeu “Filha, sabe que pode falar comigo, não é? Seja o que for, vai passar. Quando sentir que deve, pode me ligar ou me visitar e contar tudo.”
Após um abraço apertado, chamei um carro e voltei pra casa com um silêncio sepulcral instalado em meu peito.
Eu deveria contar a ela? Eu deveria contar a Luís? Eles pareciam tão felizes… Eu não queria trazer mais sofrimento. Lembro-me que no período que fiquei com ela após a perda do meu bebê e de Henr