Às vezes, em noites como essa, eu me pergunto o que teria acontecido se, naquele dia, quando eu vi William pela primeira e corri de seu escritório, ele não tivesse me seguido. Onde eu estaria? Será que eu teria conseguido continuar vivendo daquela forma?
Será que eu teria me reinventado como uma fênix incansável, ou teria encontrado meu fim numa solidão dolorosa? Ou, melhor ainda, será que eu teria caído no papinho de Henry quando ele tentasse se reaproximar?
No fim das contas, eu não sei, e nunca vou saber, mas sou grata por isso. Sou grata por estar aqui, hoje, numa noite de sábado, refletindo sobre a minha vida enquanto observo meu reflexo no espelho.
Essa Helena, que está se perfumando com o perfume favorito do seu namorado; essa Helena, nunca vai saber o que aconteceria se ela nunca tivesse saído da sua torre e derrubado suas muralhas para viver.
Essa Helena é a que vai ser levada para um jantar, numa área VIP de um dos melhores restaurantes de São Paulo pelo seu namorado, junto