Mundo de ficçãoIniciar sessão“Não são os opostos que se atraem, são as diferenças que se completam” Como água e óleo, era exatamente assim que descreviam Heather e Ethan. Mesmo ambos trabalhando juntos, os dois não se suportavam. Heather provocava até o último segundo Ethan e ele para piorar ainda era seu chefe. Em contrapartida, ele se divertia com a língua afiada e a teimosia de Heather, já ela não suportava o jeito galinha e irônico dele. Nenhum dos dois imaginavam que essa troca de farpas poderia mudar muito rapidamente, mas especificamente, numa confraternização de final de ano. Uma festa movida a bebidas, diversão e brincadeiras, colocará em jogo os reais sentimentos de ambos. Numa brincadeira inocente, dois acabam sendo desafiados a se beijarem e para apimentar mais a situação Ethan propõe que nenhum dos dois podem se apaixonar no percurso. Essa pequena brincadeira colocará muitas coisas em risco. Sentimentos, ego e possivelmente até o emprego de ambos — já que quem perder terá que pedir demissão — além de declarar publicamente a derrota. O jogo está prestes a começar e aconselho a vocês a fazerem suas apostas! Quem será que vai jogar a toalha primeiro? Tente não se apaixonar e falhe miseravelmente!
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Esta é uma história que tem o morro como pano de fundo, mas se você espera encontrar cenas de extremo abuso, drogas ilícitas, torturas... Este livro NÃO corresponderá às suas expectativas. O foco aqui é sobre o casal e os motivos que os uniram.Juliana Andrade****O início:Desde que perdi a minha mãe aos doze anos, durante uma frustrada tentativa de assalto, somente porque a reconheceram como militar, decidi que quebraria o círculo vicioso do militarismo familiar. A dor de perdê-la na época da minha vida em que eu mais precisei foi tão intensa, que fiquei determinada a nunca permitir que o meu filho sinta algo assim no futuro.Após a morte da minha mãe, optei por morar com os meus avós maternos em Portland - Maine - EUA, e há dois anos, mesmo com um estilo de vida totalmente diferente do que eu vivia lá, voltei a morar no Rio de Janeiro com o meu pai.Hoje é o meu aniversário de 24 anos, os meus avós paternos aproveitaram a sua estadia no Rio e organizaram uma festa para mim. Eu tento ligar pela quinta vez para o meu pai para saber se ele aparecerá, pois ele foi designado para uma operação em uma das favelas mais perigosas do Rio de janeiro, mas mais uma vez ele apenas ignorou a minha ligação.Mesmo frustrada, chego em casa após algumas horas no cabeleireiro e tomo um banho para me arrumar, afinal, ninguém quer chegar atrasada na sua própria festa de aniversário._ Ainda não acredito que uso isto. - Digo enquanto aponto para o vestido vermelho e curto, que uma das minhas melhores amigas compraram para mim._ Está linda, Liv._ Concordo com a Thai. Você brilhará essa noite._ Eu não quero brilhar, Debi. Apenas quero beber e descontrair, para esquecer a frustração de ser, mais uma vez, abandonada pelo meu pai por conta do trabalho._ Calma, daqui a pouco ele aparece. Vamos!Sorrio desanimada e termino de me maquiar. Quando estamos prontas para sair, ouço o meu celular tocando e suspiro aliviada ao ver o nome do meu pai escrito na tela._ Achei que fosse curtir a festa sozinha, Clark Kent. - Digo assim que atendo a ligação. - Quando vai parar de querer salvar o mundo e dar atenção para a sua filha?_ Me desculpa, Liv. A operação acabou agora, e sairemos daqui do morro daqui poucos minutos, devo me atrasar um pouco, mas vai sozinha e encontre a sua avó lá. Prometo não demorar._ Só irei acreditar porque não costuma quebrar as suas promessas. Não demore, a festa começa às 19h e os meus avós já estão lá. Eu te amo, pai. Isso é importante e estou bem animada._ Eu também te amo, Liv. Eu quero aproveitar cada minuto com você, eu sei que estou bem ausente esses dias. Que tal um almoço amanhã para compensar o meu atraso?_ Só se for um bom e velho churrasco._ Considere feito, minha filha. Estamos indo embora. Liv, eu prometo que chego antes de...E enquanto ele fala, ouço dois disparos e a voz dele some. Ouço gritos e, entre algumas palavras incompreensíveis, alguém diz "Bora, bora! Foi na cabeça, bora levar ele para o hospital, porra! " E a ligação se finda.Sinto todo o meu corpo amolecer, seguido de um choro incessante, a sensação de que aconteceu algo muito ruim toma conta de todo o meu corpo. Volto a ligar por diversas vezes enquanto tento inutilmente chegar até o meu carro, mas a Debi e a Thai me impedem de sair com ele. Aproximadamente vinte minutos depois alguém me atende, e me manda ir até o hospital.Leandro, um dos amigos de trabalho mais antigo do meu pai, me abraça assim que eu chego na recepção do hospital, e ele não precisa dizer uma palavra para que eu entenda que o pior aconteceu.Apenas choro e deixo toda a tristeza sair em meio as minhas lágrimas, novamente sinto a dor massacrante de perder alguém, o meu velhinho não conseguirá cumprir a sua última promessa._ Como isso aconteceu? - Digo assim que consigo me acalmar um pouco. - Ele me ligou, disse que a operação havia acabado._ Sim, Liv. Estávamos nos preparando para voltar para o batalhão. Aconteceu tudo muito rápido, não tivemos como reagir. Eu sinto muito._ Essa é a filha do Viana? - Outro colega do meu pai se aproxima e me abraça, provocando novas lágrimas em mim. - Eu sinto muito, o seu pai era como um pai para mim. Me chamo Ulisses Duarte, trabalho com o seu pai há poucos meses._ Obrigada. Com licença, vou ligar para os meus avós e dar a notícia.Em poucos minutos os meus avós aparecem e se juntam a mim no hospital, e choramos por longos minutos até darmos inicio a parte burocrática para a libertação do corpo. Tive que me fazer de forte para não deixar a minha avó ainda pior do que ela já está, e o meu avô, mesmo que tente nos amparar, se mostra tão perdido quanto nós duas.Foi uma das piores noites da minha vida, e o Leandro se prontificou a nos ajudar em tudo, desde o reconhecimento no IML até os preparativos para o funeral.Logo nas primeiras horas da manhã o velório dele se iniciou, amigos da família, amigos do batalhão, alguns familiares... O meu pai era querido por muitas pessoas e tivemos que fazer um rodízio, para que todos pudessem dar o seu último adeus. E antes da hora do almoço, que ele se prontificou em fazer para compensar o atraso, eu pude ver o meu pai pela última vez._ Liv, o que você precisar é só me ligar que eu venho correndo. - Leandro diz assim que estaciona em frente ao meu condomínio._ Eu não sei como te agradecer, Leandro. Em pensar que o certo éramos ter curtido a noite e almoçar juntos hoje e agora... - Suspiro para não chorar novamente. - Ainda tento entender como isso aconteceu._ Iremos vingar o seu pai, Liv. Não se preocupe._ Obrigada. - Abro a porta do carro saio, me apoiando na janela do carro, enquanto ele me encara confuso. - Eu quero a sua ajuda, eu quero encontrar quem fez isso com ele._ Está louca, Liv? Aquele morro é imenso, e é perigoso demais, o seu pai não permitiria._ Eu não me importo que seja perigoso, Leandro. Logo os meus avós voltarão para Minas, e eu não tenho planos para voltar a Portland agora. Ficarei praticamente sozinha no mundo, então realmente não me importo. Eu farei com ou sem a sua ajuda, só preciso que me facilite e me dê um nome._ Liv. - Ele encara o para brisa por alguns segundos, provavelmente pensando nos riscos. - Sabemos que há poucos meses são dois a frente do morro, DG e Nanzin. Qualquer novidade te falo. Lívia, promete que não vai fazer besteira._ Prometo. Mais uma vez, obrigada por tudo. Beijo.Ele me dá um sorriso amarelo e sai, enquanto eu descruzo os meus dedos ao vê-lo partir com o carro. Me desculpe, Leandro. Mas essa é uma promessa que talvez não conseguirei cumprir. Eu vou vingar todos os responsáveis pela morte do meu pai, diretos e indiretos, ou não me chamo Lívia Viana.Acordei com o barulho das gargalhadas dos gêmeos e não importava quantas vezes ouvisse aquilo, sempre sorria, sentindo meu coração se aquecer de felicidade e gratidão. Virei para o lado e encontrei uma cama vazia e deduzi que o motivo das risadas das crianças, era algo chamado papai. Me levantei, ainda sentindo meu corpo doer, pelas varias horas deitada na areia, segui até o banheiro que ficava dentro do quarto e avistei algumas roupas em cima da bancada da pia. Não pude evitar o sorriso ao notar o carinho e o cuidado que o Ethan sempre tinha comigo. Ele havia deixado uma muda de roupas para mim e um par de tênis, até porque não havíamos pego nada no carro para vestir hoje. Tomei um banho rápido, quase gemendo de alivio ao sentir a agua quente caindo sob as costas e aliviando um pouco as dores, me vesti rapidamente e desci, encontrando os gêmeos engatinhando pela sala enquanto o Ethan fazia o mesmo, brincando com eles. Devido ao calor, os dois usavam apenas uma camiseta, fralda e u
— Se arrependeu de ter desistido da festa? — Ethan passava os dedos pelas minhas costas, provocando diversos arrepios.— Nenhum pouco. — Murmurei, de olhos fechados e deitada de barriga para baixo no lençol, que por sorte sempre deixávamos um reserva no carro.Ao fundo o barulho das ondas se quebrando servia de trilha sonora para nós dois, no meio de uma praia deserta e a luz do luar.No nosso lugar preferido.Ethan não se importava em estar quase nu, usando apenas sua cueca e eu muito menos, em estar vestida somente com minha calcinha e nada mais.Tínhamos sorte que a praia era definitivamente deserta e quase no meio do nada.Meu corpo inteiro se arrepiava pelo toque dele e o conhecia muito bem para saber que estava me provocando. Fazia quase 1 hora que havíamos transado no carro e ambos estávamos querendo novamente. Elevei levemente a bunda, como num convite e sem precisar verbalizar nada, senti seus dedos escorregando para dentro da minha calcinha e deslizando para dentro da minha
— Você vai sim Ethan! — Não consegui segurar a risada por muito mais tempo enquanto ele xingava e fazia careta.— Mas eu não quero ir! — Ele jogou a cabeça para trás, olhando para cima frustrado.— Mas você perdeu a aposta, não lembra? — A gargalhada escapava com cada xingamento que ele dava, ficando quase impossível manter a concentração no trânsito.— Você ainda lembra disso? — Ele riu, revirando os olhos. — Mas o combinado era ter ido na confraternização do ano passado e nós não fomos.— Porque os gêmeos ficaram doentes. — Rebati sua resposta. Ethan ergueu a mão, levantando o dedo do meio para mim. — Falando nisso, você não esqueceu de nada? — Perguntei, ajeitando o retrovisor e olhar para os dois pequeninos que dormiam profundamente no bebê conforto, no banco de trás.— Pela milionésima vez, não esqueci nada...— Dessa vez né?! — O provoquei, rindo. — Como você conseguiu esquecer a bolsa de um deles em casa, aquele dia? — Gargalhei alto.— Você nunca vai esquecer disso, não é? — E
Nunca pensei que seria tão feliz ao lado de alguém que tem tantas diferenças, sendo quase o oposto de mim.Minha mente se perdeu com todas as lembranças do que aconteceu em um ano depois que os gêmeos nasceram.Depois do nascimento dos gêmeos o Ethan quase me obrigou a tirar habilitação, dizendo ser importante para que eu não dependesse sempre dele, ou de carros por aplicativo. Fui contra a minha vontade na época, mas hoje, me pergunto por que não fiz isso antes?Desde então sempre que posso, pego no volante para dirigir. Nosso porshe deu lugar a um utilitário hibrido de 6 lugares, por conta das crianças e do espaço. Mesmo mudando de carro, o Ethan se recusava a vender o antigo, dizendo que era por apreço emocional, porque foi presente do avô dele. Então o mantínhamos na garagem e Ethan o usava quando saia sem os gêmeos, que era toda sexta, para a noite dos meninos. Que nada mais era do que noite de futebol na casa do Dom, junto com o Blake, o John, o Dane e o Jonas algumas vezes. Aos
Não conseguia parar de olhar para eles, ainda parecia um sonho tudo isso.— Como eles são lindos! — A voz do meu pai me pegou de surpresa.— Você conseguiu vir! — O abracei forte, deixando as lagrimas de felicidade escorrer pelo meu rosto.— Em hipótese alguma, perderia o nascimento dos meus netos. — A voz dele estava embargada, denunciando o choro contido. — Parabéns, filho! — Ele me abraçava forte. — Que você seja para eles um pai melhor, do que fui para vocês. Tenho muito orgulho do homem que você se transformou. — Como se não fosse possível, aquelas pequenas palavras dele me desmontou inteiro.Ficamos abraçados por mais algum tempo, antes de voltarmos a atenção aos dois menininhos que dormiam tranquilamente no berçário do hospital.Meu pai estava de terno, a gravata frouxa no pescoço e a fisionomia de cansado, devido ao fuso horário da viagem. Mas nem isso tirou o imenso sorriso que ele tinha nos lábios, enquanto olhava para os netos dormindo.O restante da família chegou logo dep
Coloquei as bolsas no chão e subi a escada correndo, o mais rápido possível. Coloquei qualquer camiseta que vi e enfiei um tênis nos pés, pegando minha carteira e meu celular que estavam na mesa de cabeceira, enfiando-os no bolso.Desci e vi que ela já não estava no sofá, a porta estava aberta e as bolsas também tinham sumido, corri para fora e quase tive uma sincope ao ve-la colocando as duas bolsas — pesadas — no banco de trás.— Heather! — A repreendi, correndo até o carro e pegando as bolsas de suas mãos. — Porra! Até quase para ganhar neném você continua sendo teimosa. — Joguei a bolsa no banco de trás e a ajudei a se sentar no banco, quase pulando para o banco do motorista.Sorte que o hospital que escolhemos não era muito longe dali. Peguei meu celular no bolso e disquei rapidamente o telefone do nosso obstetra, o Dr. Michael, o avisando sobre o rompimento da bolsa e ele disse que em 20 minutos estaria no hospital.Fiz o mesmo com o Dom.— Espero que alguém esteja morrendo, par







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