CAPÍTULO OITO — Ethan Carter

Assim que desliguei o carro e o barulho do motor cessou, apoiei a cabeça sob o volante e fechei os olhos.

— Mas que porra que você está fazendo Ethan? — me recriminei pelos pensamentos que torturavam minha mente e nenhum deles eram sadios.

Depois de alguns minutos tentando recompor minha sanidade mental, resolvi descer do carro e subir até meu apartamento. Assim que bati a porta, peguei o cigarro do bolso dianteiro da calça e o acendi. Dei uma tragada lentamente, soltando aos poucos a fumaça em formato redondo pela boca, eu adorava brincar com a fumaça dessa forma. Fui até a sacada e me sentei na cadeira de palha que tinha lá, apoiando os pés sob a mesinha de centro enquanto fumava meu cigarro.

Assim que bati o filtro sob o cinzeiro senti meu celular vibrando, peguei-o do bolso e vi que era uma mensagem do Dom.

“A festa começa as 20:00 horas! Vou te passar o endereço, é próximo da sua casa.”

Com todo esse turbilhão de pensamentos havia me esquecido da festa. Eu estava realmente precisando me distrair e quem sabe voltar acompanhado para casa.

Me coloquei de pé e fui tomar um banho, gelado de preferência. Deixei a água cair sob os ombros, a fim de dispersar toda a tensão que havia perante meu corpo. Enrolei a toalha na cintura e fui até o quarto, pegar uma roupa. Optei por uma camiseta de gola V cinza, que deixava quase todas as tatuagens que tinha no braço a mostra, uma calça jeans preta e um tênis da mesma cor nos pés. Fui até o enorme espelho que tinha na parede do quarto, para arrumar o cabelo. Passei um pouco de gel entre as mãos e apliquei sob os fios, deixando um arrepiado bagunçado. Minha barba rala e bem feita fechava com chave de ouro o visual. Peguei meu perfume de aroma amadeirado e passei nos pulsos, camiseta e pescoço. Finalizei colocando meu relógio no pulso. O relógio marcava 21:00 horas, pela localização que o Dom me mandou, a festa ficava a pouco mais de 20 minutos da minha casa.

Mandei uma mensagem rápida para o Dom, informando que estava saindo de casa e que chegava em 20 minutos na festa. Nunca gostei de ser um dos primeiros a chegar, gostava de já ver o lugar pegando fogo.

Peguei a cartela de cigarros, o isqueiro, carteira e as chaves, com exceção das chaves, o restante coloquei no bolso da calça e desci até a garagem do apartamento.

Como o informado, cheguei na porta da casa em 20 minutos. Estacionei a algumas casas a frente da onde estava ocorrendo a festa, não queria correr o risco de ter meu carro estragado.

O local já estava cheio, várias pessoas na frente da casa, algumas bebendo e outras somente conversando. Meus olhos de águia avistaram algumas mulheres que faziam exatamente a minha preferência.

— Uau! — uma delas me parou enquanto andava em direção a porta da casa. Era extremamente linda, negra, com cabelos cacheados num estilo meio black, boca carnuda e olhos tão escuros quanto a noite que caia sob nós naquele momento — Onde vai com tanta pressa meu amor? — ela passou os dedos levemente pelo meu peito, me causando um pequeno arrepio.

— Acho que agora a lugar nenhum, não é? — tombei a cabeça de lado e arqueei a sobrancelha. Ela mordeu o lábio inferior e aproximou seu rosto do meu.

— Eu não sei seu nome, mas acho que no momento isso não é muito relevante. — ela afastou o rosto, me analisando. — Ou é? — apertei levemente sua cintura e fui guiando-a para a lateral da casa. Suas costas baterem na parede da casa, o que fez ela soltar um pequeno gemido.

— Nenhum pouco relevante... — subi a mãos até sua nuca e apertei, ela ergueu o queixo fazendo nossos olhos se encontrarem. Aproximei meus lábios dos dela, puxei delicadamente seu lábio inferior e prendi sob os dentes, sem machucar. Seus lábios emitiram uma pequena lamúria, suas mãos desceram até a bainha da minha camiseta e ela puxou meu corpo para mais perto do dela. Soltei seu lábio e desci as mãos pela lateral do seu corpo, até chegar em sua bunda, apertei levemente a fazendo gemer mais alto. Seu vestido subia a medida que ela mexia as pernas, parando quase na altura da cintura, deixando uma parte da sua pequena calcinha a mostra e ela não se importava nenhum pouco.

Ela passou a língua levemente sob meus lábios e em seguida a beijei, suas unhas foram cravadas em meus braços no mesmo instante em que apertei sua bunda. Ela pressionava seu corpo contra o meu, roçando sua intimidade sob meu pênis e provocando um gemido sôfrego a sair dos lábios de ambos. Desci os lábios até seu pescoço, passando a língua por todo o comprimento dele até chegar em seu decote. Sua cabeça tombou para trás e senti sua pele se arrepiar sob meu toque nenhum pouco puritano.

— Podíamos subir para um dos quartos vagos da casa... — ela propôs entre um gemido e outro.

E antes que eu pudesse ter a chance de responder, o cheiro que eu conhecia muito bem invadiu minhas narinas novamente. Mas dessa vez era misturado com aromas florais de um perfume que eu já conhecia. Joguei a cabeça para trás, para ver quem havia chego e me deparei com uma Heather que eu não tinha visto ainda.

Uma puta mulher sexy da porra!

— Então vamos para o quarto? — ela me despertou de meus pensamentos.

— Um outro dia gatinha, quem sabe... — dei um leve beijo em sua bochecha e sai em direção a entrada da casa.

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