Tente não se apaixonar
Tente não se apaixonar
Por: Amanda Campos
PRÓLOGO

Onde encontra coragem para levantar da cama, em plena segunda-feira as 07:00 horas da manhã?

Às vezes queria acordar com o bom humor da Abby. A bicha acorda cantando, não importa a hora que for!

Cruzes, como ela consegue isso?

 — Levantou Heather? — Abby bateu na minha porta antes de poder entrar. — Pensei que teria que te jogar um balde de água gelada, para sair da cama! — Ela riu e eu revirei os olhos de insatisfação.

— Para encarar o Ethan eu ia precisar do “iceberg” todo! — Me obriguei a sair da cama, antes que eu me atrasasse.

Nem eu e nem meu chefe gostaria disso. Não estava com saco para mais uma discussão com ele, hoje não.

Ethan é meu chefe a pouco mais de 2 anos, na cafeteria

coffee and prose, e me inferniza desde o primeiro dia.

— Daria tudo para ver vocês dois se pegando... — Abby continuava rindo. — E descobrindo que esse ranço todo não passa de amor incubado. — Mostrei o dedo do meio para ela, que me mostrou a língua e saiu do quarto, balançando seus cabelos loiros curtos.

Abby era minha amiga a mais de 3 anos, não dividíamos casa, mas era como se fosse. Ela passava mais tempo na minha do que na dela. Dizia ela que era mais perto do trabalho dela ir da minha casa do que da dela.

Eu não questionava, mesmo sabendo ser mentira, já que ela trabalhava a 3 quadras do seu apartamento. Ela negava o verdadeiro motivo de sempre vim aqui está relacionado com o fato de estar transando com o vizinho do apartamento de cima.

Eu fingia que não escutava os gemidos dela todas as noites. E ela fingia no dia seguinte que nada havia acontecido.

— Quando você vai admitir o verdadeiro motivo de vir para cá todas as noites? — Perguntei enquanto pegava uma xícara de café na cafeteira, para me juntar a ela no café da manhã.

— Já te disse, aqui é mais rápido para chegar na loja... — Ela mentiu sem nem ao menos ficar vermelha.

— Tudo bem. — Dei de ombros encerrando o assunto. — Pelo menos ganho carona para o serviço. — Puxei a manga da camisa branca para verificar as horas e dei um pulo da cadeira. — Puta merda! Estou atrasada. — Engoli o café quase todo, sem me lembrar estar quente demais. — Ai minha língua porra! — Abby caia no riso da minha catástrofe.

— E lá vamos nós para mais um dia. — Ela desceu da banqueta e pegou a bolsa em cima do sofá. — Pronta para mais um dia Heat? — Ela me chamou pelo meu apelido, provavelmente tentando descontrair o momento.

— Nenhum pouco. — Peguei o avental e a bolsa. — Que Deus me dê paciência para aguentar aquele homem mais um dia. — Acompanhei a Abby até a porta.

— Eu queria era uma oportunidade de transar com aquele Deus, isso sim. — Seus lábios deram um estalo de contentamento.

— Mas que perversão hein. — Tranquei a porta atrás de nós.

— Vai me dizer que nunca pensou nisso? — Ela apoiou uma mão na cintura e tombou a cabeça de lado, me analisando.

— Só ficaria com ele se valesse o meu emprego, do contrário? Nem que ele fosse o último homem na terra! — Retorci os lábios em tom de repulsa.

— Cuidado com o que você fala. Vai que um dia isso realmente aconteça! — Ela riu enquanto descia as escadas.

— Essa eu pago para ver!

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