A madrugada estava silenciosa, mas dentro de Isadora um turbilhão começava a se formar. Eram quase três da manhã quando ela acordou com uma dor diferente. Uma contração firme, profunda, como se o próprio Gabriel estivesse dizendo: "Cheguei, mamãe."
Ela se levantou com calma, levou a mão à barriga e sorriu, mesmo com a tensão.
— Está na hora, meu filho. Mas vai com calma... a mamãe está aqui.
Isadora foi até o quarto da tia deu duas batidas leves na porta e disse que está na hora tia. Catarina saltou da cama como um furacão de preocupação e eficiência.
— Tudo certo? Vamos para o hospital agora?
— Sim, está começando. Mas está tudo bem, tia. Só precisamos respirar.
No carro, o clima era de serenidade nervosa. Isadora respirava pausadamente, tentando manter o controle da dor. Catarina segurava sua mão como se ainda pudesse protegê-la de tudo, como se o mundo ainda coubesse dentro de seus braços.
Ao chegarem ao hospital, foram recebidas com agilidade. O plano era um parto normal, co