O relógio marcava 10h12 quando Lorenzo percebeu que não conseguia mais fingir normalidade. Três dias. Três malditos dias desde que Isadora sumira. Nenhuma mensagem, nenhuma ligação, nenhuma explicação. Só o vazio. Um silêncio insuportável que crescia como um monstro dentro dele.
Tentou trabalhar, tentou se distrair, tentou ignorar a sensação de sufoco que o dominava. Em vão.
Ela havia ido embora. De verdade.
Levantou-se abruptamente da cadeira, arrancou o paletó e saiu do escritório sem dizer uma palavra. No elevador, o coração batia como um tambor. No fundo, ele sabia quem poderia ajudá-lo.
Sofia.
Ela trabalhava na empresa, apenas um andar abaixo. Era a única amiga de Isadora. Talvez, com sorte, soubesse de algo. E mesmo que não soubesse, Lorenzo precisava tentar. Qualquer coisa.
Desceu pelas escadas, como se cada degrau pudesse aliviar o peso que carregava no peito. Quando entrou na área onde Sofia trabalhava, todos o olharam com surpresa. Ele nunca aparecia ali. Mas ele