A manhã amanheceu envolta em névoa cerrada, densa o suficiente para engolir os contornos dos prédios altos da Irlanda. Lá fora, tudo parecia suspenso no tempo. Mas dentro da Vértice Internacional, o relógio corria rápido e impiedoso.
Isadora passava os olhos pela tela do computador pela terceira vez, como se pudesse encontrar alguma armadilha escondida entre as palavras. Mas não havia. A mensagem era clara.
Lorenzo Alcântara estava na Irlanda.
E queria marcar uma reunião com ela. Hoje.
Ela se recostou na cadeira, tentando acalmar o coração que batia fora do ritmo. O nome dele ainda tinha o poder de mexer com cada centímetro do seu corpo, não de forma romântica — não mais — mas de um jeito desconfortável, elétrico, como uma presença que não deveria estar ali, mas que, mesmo assim, invadia tudo.
A proposta anexada ao e-mail era grandiosa. Mesmo para uma empresa como a Vértice, que já não era nenhuma startup em crescimento, o contrato era uma oportunidade de ouro. Parceria com o Grupo Al