Aquela cena me pegou de surpresa e, ao mesmo tempo, me trouxe de volta à realidade. Era, sem dúvida, uma situação embaraçosa: uma mulher presa entre dois homens.
Era óbvio que eu precisava tomar uma decisão para acabar com aquele impasse. E havia algo que eu sabia com certeza: entre Miguel e eu, nunca haveria nada.
Se eu tivesse que escolher entre os dois, seria George, sem a menor dúvida.
Eu quase me casei com Sebastião. Não havia como terminar com ele e, depois, me envolver com o irmão.
— Irmão, estou cansada. — Falei, tentando aliviar a tensão.
A palavra “irmão” surtiu o efeito desejado. Miguel apertou minha mão com mais força por um segundo, mas logo me soltou.
George segurou minha mão e me puxou para longe. Eu não olhei para trás, mas podia sentir o olhar de Miguel me acompanhando enquanto me afastava.
Não sei se foi por causa do álcool ou do turbilhão de emoções, mas, no caminho para o hotel, acabei tropeçando. No mesmo instante, George me pegou no colo.
— Me coloca no chão. — Pe