O avião pousou suavemente na pista privativa da propriedade dos D’Abruzzi. Já era quarta-feira, e faltavam apenas três dias para o casamento mais esperado dos últimos tempos — ao menos para os que orbitavam o universo de Victor e Alicia.
O clima em Firenze era ameno, o céu límpido e o perfume de uvas maduras invadia o ar. Ao descer da aeronave, Alicia foi recebida com um buquê de lavandas e peônias — as flores que ela escolhera para o altar. Victor segurava sua mão, e atrás deles vinham os pais de Alicia, Lorena e as irmãs dele, todos convidados para chegarem antes e viverem o clima da união desde os preparativos.
A propriedade era uma joia escondida entre colinas esverdeadas, com a arquitetura típica das vilas toscanas. Pedra, madeira, heras trepadeiras, janelas arqueadas com cortinas rendadas e um jardim que parecia tirado de uma pintura renascentista.
O salão de jantar tinha uma mesa longa de carvalho maciço, decorada com ramos de alecrim, cristais antigos e castiçais de prata. Ali