A vida do CEO Brandon Zucconi deu uma guinada quando, um mês após o seu aniversário, ele atendeu a ligação da amiga que logo avisou, “Brandon, eu estou grávida!” Atordoado, ele respondeu rispidamente: “Fique onde está, Emma”, ele bufou ao tocar as veias que latejavam em suas têmporas antes de avisar, “eu estarei aí em cinco minutos.” A amiga do CEO está grávida, e este bebê pode ser um herdeiro inesperado.
Leer másEmma estava bastante ansiosa para o casamento que aconteceria no fim de semana em Florença. Tudo seria perfeito se não fosse pela visita repentina de seu chefe no escritório da livraria.
— Precisamos conversar — disse a voz estrondosa do senhor Zucconi no instante em que cruzou a porta. — Você não pode se casar.
— Brandon, por favor, não comece com isso outra vez… — ela ergueu a mão.
— Eu te falei inúmeras vezes que o Matteo não presta.
— Já te pedi para não se meter na minha vida pessoal — ela respondeu em um tom polido, olhando nos olhos azuis do homem com a mandíbula quadrada. — Você é meu chefe aqui dentro e, se quiser continuar com a nossa amizade fora desta livraria, então sugiro que não tente me convencer a terminar meu noivado com Matteo outra vez.
Aos 23 anos, Emma Prado gerenciava um dos empreendimentos da corporação Zucconi. Anos antes, a empresa não pertencia a Brandon, mas ele comprou a livraria Dell'Arte um mês depois que soube que sua melhor amiga ficou noiva de um de seus advogados.
— Quer mesmo se casar com aquele traidor?
— Meu expediente acabou e eu não sou obrigada a ouvir suas mentiras.
Levantando-se da cadeira, ela pegou a bolsa e tentou passar por ele, mas o senhor Zucconi entrou na frente, mantendo sua postura intimidadora diante da mulher mais baixa, de cabelos castanhos.
— Emma, somos amigos há anos e eu quero o melhor para você.
— Não, você não quer — ela ergueu o queixo numa atitude desafiadora. — Você está zangado porque vou me casar com outro e está fazendo de tudo para me separar do Matteo — disse, encarando o semblante sombrio.
— Sabe que eu nunca trairia você — a mão máscula pousou firme em sua cintura, mas ela se esquivou.
— Quantas vezes terei que repetir que não sinto nada por você? — Emma o questionou, exasperada. — Somos apenas amigos, Brandon. Você não pode me forçar a te amar!
Brandon fechou a mão com força, segurando o celular como se fosse esmagá-lo com todo o seu furor. O imponente CEO italiano estava habituado a obter tudo o que almejava nos negócios, mas era desprezado pela única mulher que amou.
— O seu noivo está te traindo. — Movido pelo ódio, o senhor Zucconi contou.
— Não acredito em você!
— Você quer ver para crer? — Brandon tocou na tela do iPhone para acessar as imagens do escritório de seu advogado. — Então, veja! — Deu o celular para Emma.
Cobrindo a boca com a mão, ela se recusava a acreditar no vídeo que assistia. O seu rosto queimava e as lágrimas ardiam em seus olhos.
A câmera mostrava o escritório de um dos advogados da corporação Zucconi. Ela ficou sem palavras enquanto via a cena do noivo beijando a assistente, que estava sentada sobre a mesa dele. A jovem de olhos castanhos devolveu o celular do chefe e, em silêncio, saiu.
— Emma, espere! — Brandon a seguiu.
Sem lhe dar ouvidos, ela andou até sair da livraria Dell'Arte.
Apressada, a mulher de estatura mediana caminhou até o carro onde entrou e sentou-se atrás do volante. Ao ver Brandon correndo na direção do veículo, ela ligou o motor, deu a partida e, mais que depressa, pisou no acelerador.
Enquanto dirigia, os olhos castanhos se concentravam na tela do celular. Ela abriu a nova mensagem onde Matteo informava que não chegaria a tempo para o ensaio do casamento, pois ele ainda tinha alguns documentos para avaliar.
Sentindo o sangue percorrendo quente e ágil pelas veias, ela socou a buzina para apressar o automóvel que estava à frente. Foi obrigada a parar no sinal vermelho de um semáforo no cruzamento e então tentou ligar para o noivo, mas Matteo não atendeu.
No momento em que parou na vaga do estacionamento, ela saltou do Citroën vermelho e bateu a porta do carro com força.
Emma entrou no edifício da Corporação Zucconi e foi até o elevador. Passando as mãos nos cabelos, ajeitou os fios castanhos sobre os ombros.
Quando as portas do elevador se abriram, ela vislumbrou o ambiente banhado pela luz branda do lustre pendurado no teto. Subitamente, seus ouvidos captaram o som dos gemidos que vinham do escritório de seu noivo.
Com passos cautelosos, ela cruzou a sala. Seu coração acelerou no instante em que abriu a porta e avistou Matteo em um momento íntimo com a secretária. De costas para a noiva, ele continuava se movendo de maneira agitada no meio das pernas da bela assistente, emitindo grunhidos. Enojada com a cena, ela quebrou o silêncio.
— É por isso que você não vai ao ensaio de casamento? — A voz saiu trêmula quando Emma o questionou.
— O que faz aqui? — Matteo ofegou, afastando-se da secretária enquanto arrumava a braguilha da calça.
— Vim ver o porquê do meu noivo trabalhar tanto. — Emma titubeou ao responder.
— Não é o que você está pensando, querida. — Matteo retrucou enquanto fechava os botões da camisa.
— O que eu deveria pensar? — O salto batia pesadamente contra o piso vinílico ao entrar na sala do noivo. — É por isso que você sempre chega exausto em casa? — Emma inquiriu, olhando para a secretária com longos cabelos pretos, que ajeitava a blusa após abaixar a saia.
Em passos ligeiros, Emma avançou para cima da mulher que estava do outro lado da mesa. Antes mesmo que ela pudesse tocar em sua secretária, Matteo segurou-a e levou-a para a porta.
O som da campainha do elevador tocou e o senhor Zucconi saiu bem a tempo de ver Matteo colocando Emma para fora.
— Solte-a agora! — A voz imponente do CEO deu a ordem.
— O ciúme de Emma passou dos limites, ela tentou agredir minha assistente — Matteo declarou. — Vá para casa, depois falaremos sobre isso.
— Não haverá mais casamento — Emma virou as costas e saiu em direção ao elevador. — Acabou, Matteo! — Tirou a aliança do dedo e lançou na lixeira.
— Querida, você está me constrangendo na frente do senhor Zucconi.
— Cala a boca! — Revoltado, Brandon fechou o punho e acertou o lado direito do rosto de Matteo. — Nunca mais toque na Emma.
— Ela está inventando tudo isso para me prejudicar, senhor Zucconi! — Matteo falou, tocando a face dolorida e inchada.
— Não se preocupe! — Emma retorquiu ao entrar no elevador. — Brandon já tinha me avisado, mas tive que ver para ter certeza — em meio à dor, ela comprimiu os lábios e, em seguida, proferiu as palavras que estavam entaladas na garganta: — Você é um traidor!
Brandon agigantou-se diante do homem um pouco mais baixo.
— Arrume sua mesa, pegue as suas coisas e dê um fora daqui com sua assistente — o CEO deu a ordem ao advogado.
— Vou te processar! — Matteo ameaçou.
Brandon deu um sorriso torto e, num súbito movimento, agarrou as lapelas do blazer preto do advogado e o encostou bruscamente contra a parede.
— Fique longe da Emma! — Os olhos estavam arregalados quando o senhor Zucconi vociferou.
Brandon olhou para as portas do elevador, que se fechavam, e teve um rápido vislumbre das lágrimas que corriam pelo rosto anguloso de Emma. Ele soltou Matteo e foi direto para o acesso às escadas, onde correu pelos degraus.
Saindo no saguão, ela deslocou-se para o estacionamento frio e mal iluminado e entrou no carro. O punho cerrado se chocou contra a buzina uma, duas, três vezes…
— Emma, abre essa porta! — Brandon bateu no vidro do veículo ao se aproximar.
Levantando o rosto, ela observou o vidro embaçado pela respiração entrecortada de seu amigo.
— Me deixa em paz! — Ligando o motor, ela pisou no acelerador.
Lágrimas continuavam brotando de seus olhos e banhavam seu rosto aturdido. Dirigindo sem rumo, ela saiu do estacionamento e seguiu pelas ruas da cidade. Só queria encontrar um lugar onde pudesse se esconder e deixar as lágrimas transbordarem de seus olhos.
No amplo escritório mal iluminado, um ítalo-americano com uma fisionomia austera estava sentado atrás de sua enorme mesa. Após passar as mãos nos cabelos, Kevin Harrison Giordano deu uma última olhada no relógio Le Roy Paris que estava no lado esquerdo da tela plana do computador. Ele sabia que a esposa não foi para casa após sair do ateliê Maison Delacroix onde ela trabalhava como designer de modas. Cansado dos passeios misteriosos de Justine, ele pegou o telefone e ligou para o assistente de confiança. — Rastreie o celular da minha esposa e descubra onde ela está, — a voz profunda deu a ordem de maneira hostil. “Onde ela foi?” Ele murmurava a pergunta em sua mente conforme tocava o pescoço onde as veias saltavam enquanto ligava para a esposa. — Justine, onde você está? Já tem mais de quatro horas que você saiu do trabalho. — Ele reclamou em vão, pois o celular dela estava desligado e a ligação foi parar na caixa de mensagens. Como ele sabia disso? Kevin havia dado um celular
Emma finalmente recebeu alta do hospital. A recuperação, milagrosa como descreveram os médicos, deixou todos aliviados e esperançosos. Brandon, embora aliviado por tê-la de volta, não pôde deixar de notar como ela estava preocupada com Matteo durante sua convalescença. Isso o perturbou mais do que gostaria de admitir. A tensão entre o casal suavizava aos poucos, especialmente depois de uma visita surpreendente de Giuseppe. Sentados na sala de estar, Giuseppe explicou que Matteo havia sido solto e estava de volta à Itália. — O meu genro alegou legítima defesa e conseguiu provar isso com os áudios da briga com Gustava. — Que bom que ele está bem. — Emma acrescentou, aliviada. — E como está Isabella? Ela está bem com tudo isso? — Isabella está… firme. — Comunicou Giuseppe, balançando a cabeça. — Ela não pretende se divorciar e Matteo está fazendo de tudo para manter o casamento e o estilo de vida que eles têm. Brandon ouvia em silêncio, mas não conseguia esconder completamente o ciúm
Parada do outro lado do balcão branco da cozinha, ela apertou mais os punhos, seus olhos presos ao homem que com a toalha enrolada na cintura revelando os músculos definidos do abdômen. As gotas d'água caíam das mechas curtas do cabelo, deslizando pelos músculos do peitoral até o abdômen reto.— Não me julgue, — Ela rompeu o silêncio inquietante, sacudindo a faca no ar. — Os Zucconi roubaram muita coisa de mim.— A Emma não tinha nada a ver com isso, — chiou Matteo.— Disse o homem que a usou para obter vantagens na empresa dos Zucconi, — alfinetou Gustava.Matteo não se manifestou. Em vez disso, deu as costas.— Não aguenta ouvir a verdade, — ela provocou em voz alta, seus olhos observando as costas largas e molhadas do homem que se retirava. — Volte aqui!Segurando a faca, ela foi ao encontro dele. Matteo aumentou as passadas em direção ao quarto. Tinha que acabar com tudo antes que se tornasse a próxima vítima.Quando Gustava entrou no quarto, ele já estava vestindo as calças.— Pen
Dias após o atentado, Emma já respirava sem aparelhos e interagia com Brandon através de leves movimentos dos dedos quando ele segurava em sua mão e murmurava palavras de encorajamento. Ele permanecia ao lado da cama, fazendo uma prece silenciosa pela esposa. Seus olhos estavam pesados, o rosto abatido pela preocupação e pelo cansaço, mas ele se recusava a sair do lado dela. Com a testa encostada no dorso da mão fria de Emma, uma lágrima solitária caiu em meio a todo o amor e o desespero acumulados. Inesperadamente, Brandon sentiu um movimento da mão de Emma apertando a dele. O coração disparou, e ele ergueu o rosto rapidamente, observando-a com esperança. Os cílios dela tremiam devagar, e, pouco a pouco, ela abria as pálpebras.— Onde estou? — A voz mal constituiu um sussurro, mas era o som mais doce que ele poderia ouvir naquele momento.— Meu amor. — O senhor Zucconi respondeu, acariciando a bochecha esquerda dela com cuidado. — Estou aqui, meu bem!Emma piscou, tentando ajustar a
Gustava estava aproveitando um fim de semana na maior e mais populosa ilha da Grécia. Creta, com suas belas praias, paisagens exóticas, desfiladeiros e lagos naturais, era o cenário perfeito para desfrutar de sua “justa” aposentadoria. Deitada na espreguiçadeira à beira da piscina da suíte onde estava hospedada, ela parecia totalmente alheia ao caos que havia gerado na corporação Zucconi.O sol estava brilhando intensamente, e o calor mediterrâneo a envolvia como um abraço acolhedor. Gustava ajustou os óculos de sol, pegou um gole de seu drink refrescante e se permitiu um momento de pura tranquilidade. Era como se o mundo ao seu redor tivesse parado, deixando-a imersa em um mar de paz e serenidade.No entanto, essa calma foi interrompida pelo som familiar de seu celular vibrando na mesinha ao lado. Gustava soltou um suspiro de frustração, colocou o copo de volta na mesa e atendeu antes de colocar no viva-voz.— O que foi desta vez? Além de não acertar o Brandon, vocês ainda fazem um pé
— A paciente não pode receber visitas… — declarou o médico, que parou na porta e fitou o enfermeiro ao lado de uma senhora com fios grisalhos.— Doutor, ela é a mãe da paciente.— Como a minha filha está? — Noemi fitou o médico com um olhar preocupado.— A cirurgia foi um sucesso, mas Emma continua na U.T.I.— O meu genro disse que ela mexeu a mão.— Sim, senhora, mas Emma ainda precisa de cuidados intensivos, — o neuro explicou num tom complacente. — A senhora pode ver sua filha por alguns minutos, mas ela precisa repousar.— Obrigada, doutor.Ao entrar, Noemi viu Emma deitada sobre a cama. Ela sentiu um nó aumentar em sua garganta ao vê-la ligada a diversos aparelhos.— Minha menina… — sussurrou, aproximando-se da cama e segurando a mão da filha com cuidado. — Você tem que ficar boa logo… seus filhos e o seu marido precisam de você.A porta abriu devagar. Logo, um homem alto entrou e ficou um passo atrás, respeitando o momento íntimo entre mãe e filha, mas pronto para oferecer apoio
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