Os dias que se seguiram à queda de Lorenzo Borg foram um turbilhão de depoimentos, reuniões com advogados e manchetes sensacionalistas. A operação da Interpol, agora conhecida como "Operação Serpente", estava em todos os jornais de Malta e além, revelando camadas e mais camadas de corrupção, lavagem de dinheiro e crimes violentos que se estendiam por décadas.
Isabella observava tudo com uma mistura de satisfação e desconforto. A justiça que buscara por tanto tempo estava finalmente sendo feita, mas de uma forma que nunca imaginara. Seu nome aparecia nos jornais, às vezes como vítima, às vezes como heroína, uma narrativa simplificada que não capturava a complexidade de sua jornada.
Ela havia se hospedado temporariamente em um hotel discreto em St. Julian's, precisando de distância tanto de seu apartamento em Sliema, associado agora à sua identidade como infiltrada na Phoenix Holdings, quanto da própria empresa, que estava passando por uma reestruturação massiva sob supervisão das autor